sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

AINDA NATÁLIA

Cara amiga, a amizade que tinha com a Natália e o Dórdio cingia-se às questões das letras, pois o Dórdio era também poeta, romancista e até, julgo, cineasta. Tanto quanto soube, mas só anos mais tarde, após o falecimento da Natália (se não erro em 1993), ela até foi casada quatro vezes a última das quais a partir de 1990 exactamente com o Dórdio. Quando foi daquela história que contei ela até era casada com Alfredo Machado (só soube isto posteriormente) mas como era muito mais velho e estaria muito debilitado, então ela teria supostamente uma relação com o Dórdio, mantendo o anterior casamento até 1989 (data em que morreu o marido).
Por aqui se vê que aquela afirmação "eu não tenho nem quero marido" não correspondia à verdade, e que isso teria só o objectivo de causar sensação junto da juventude, de mostrar a sua rebeldia que todos conhecemos, ou porque quanto a essa circunstância achasse preferível dar-lhe outra designação. Aliás Alfredo Machado fora mesmo o grande amor da sua vida.
Quanto ao Dórdio voltei a estar com ele em Leiria onde fui ver uma exposição, para a qual me convidou (não fui á inauguração, mas dois dias depois, um sábado) sobre a vida da Natália (após a sua morte) talvez em 1994 ou 1995. Lanchámos juntos e falou-me da Natália por quem era mesmo muito apaixonado.
Sei que tentei trazer essa exposição a Tomar, mas primeiro por dificuldades económicas da autarquia e numa segunda fase porque o responsável da cultura era contra a fazerem-se iniciativas acerca de defuntos, nunca consegui convencer a quem de direito para concretizar esse objectivo, apesar de trabalhar no Gabinete da Cultura do Município nesse momento.
Acresce aqui também a minha inexperiência e confiar demasiado em certas pessoas, mas isso são outras contas, contudo fiquei com uma mágoa muito grande.

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