sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

DECLARAÇÃO

Venho através desta, declarar, que por motivos alheios à minha vontade, não escreverei mais nada neste blogue no presente ano (2010) para não ferir susceptibilidades, nem vos massacrar com patetices. Dentro da disponibilidade que me for possível, contactarei o Dagoberto e o Malaquias para procederem à limpeza das instalações, de modo a que os trastes velhos sejam enviados para a reciclagem! A tempestade que se avizinha exige um Plano de Emergência que a todos deve unir na acção! Porque mais nada há dizer, com os beijinhos e abraços da praxe, faço conta de ainda celebrar 2011, fazendo votos que o mesmo se passe convosco! A LUTA CONTINUA, ANO VELHO PARA A RUA!

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

2011......

Voz Activa

Canta, poeta, canta!
Violenta o silêncio conformado.
Cega com outra luz a luz do dia.
Desassossega o mundo sossegado.
Ensina a cada alma a sua rebeldia.

"Miguel Torga"


Um ano de 2011 com tudo de bom e.....

......................................Um abraço do maior que o mundo.

Ana

BOM ANO NOVO

Então, ainda que as perspectivas sejam bastante más (a não ser que haja Petróleo no Beato) façamos votos para que o ano de 2011, seja melhor do que foi o de 2010. Eu e os meus camaradas sindicalistas estivemos em muitas lutas e se no próximo ano estivermos em menos significa que as coisas melhoram! Mas não quero crer!
Para todos incluindo o Dagoberto e o Malaquias, com os tais beijinhos e abraços, votos de um BOM ANO NOVO

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Natal

Um anjo imaginado,
Um anjo dialéctico, actual,
Ergueu a mão e disse: - É noite de Natal,
Paz à imaginação!
E todo o ritual
Que antecede o milagre habitual
Perdeu a exaltação.

Em vez de excelsos hinos de confiança
No mistério divino,
E de mirra, e de incenso e oiro
Derramados
No presépio vazio,
Duas perguntas, regeladas
Como a neve que cai,
E breves como o vento
Que entra por uma fresta, quelizento,
Redemoinha e sai:

À volta da lareira
Quantas almas se aquecem
Fraternamente?
Quantas desejam que o Menino venha
Ouvir humanamente
O lancinante crepitar da lenha?

Miguel Torga

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Feliz Natal e um abraço, cheio de saudades, do tamanho do mundo.

Ana

É NATAL

É Natal.
Que os Homens não esperem por esta quadra para sentirem o Natal.

HISTÓRIA ANTIGA
Era uma vez, lá na Judeia, um rei.
Feio bicho, de resto: Uma cara de burro sem cabresto E duas grandes tranças.
A gente olhava, reparava, e via Que naquela figura não havia Olhos de quem gosta de crianças.

E, na verdade, assim acontecia.
Porque um dia, O malvado, Só por ter o poder de quem é rei Por não ter coração, Sem mais nem menos, Mandou matar quantos eram pequenos Nas cidades e aldeias da Nação.

Mas, Por acaso ou milagre, aconteceu Que, num burrinho pela areia fora, Fugiu Daquelas mãos de sangue um pequenito Que o vivo sol da vida acarinhou;

E bastou Esse palmo de sonho Para encher este mundo de alegria;
Para crescer, ser Deus; E meter no inferno o tal das tranças,S ó porque ele não gostava de crianças.

Miguel Torga

UM FELIZ NATAL CHEIO DE AMIZADE, PAZ E ALEGRIA.

Jaime Matos

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Histórias de Vida - Sentimentos

“Não podes fazer tuas, todas, as dores alheias, e sobretudo não podes desresponsabilizar sempre os outros”

Tinha sido isto que lhe dissera a sua filha mais velha quando a tinha visto com lágrimas nos olhos, por causa da coroa de flores que estava depositada a meia dúzia de metros da porta da sua casa.

No inicio dessa semana tinha havido na sua rua, habitualmente pacata, uma perseguição policial a uns alegados traficantes de droga.

A Eva estava no seu quarto quando ouviu o que lhe pareceu o barulho de tiros e de choques de carros. Já era habitual, no tempo de chuva, na rotunda frente ao seu prédio, alguns carros despistarem-se e irem bater nos que estavam estacionados.

Correu para a sala abriu a janela e deparou-se com uma cena de filme, uma série de carros de pantanas, um grande aparato policial um carro virado em sentido contrário, carros civis a pararem e deles a saírem, homens à civil, a sacarem de armas.

O marido e uma das suas filhas saíram para a rua, mas a Eva limitou-se a ficar a observar da janela.

A filha veio dizer-lhe que era, ou tinha sido uma perseguição policial, que os alegados traficantes estavam algemados a sangrar, deitados no chão e que a polícia já dominava a situação e que afinal os civis armados eram afinal polícias.

Entretanto chegaram três ambulâncias e a preocupação da Eva era porque é que os jovens continuavam no chão, algemados, a sangrar.

A Eva não tinha estômago para ver cenas daquelas sem dizer nada, por isso fechou a janela.

Quando o marido voltou disse-lhe que os jovens já tinham sido levados do local.

No outro dia alguém comentou que o mais novo (18 anos) estava em prisão domiciliária e que o outro de 25 anos estava em prisão preventiva.

No chão onde o mais novo tinha estado algemado as marcas de sangue continuavam visíveis.

A Eva ficou em estado de choque quando reparou que nesse local, passados dois dias, estava uma coroa de flores.

Afinal o mais novo dos alegados traficantes tinha morrido.

Os comentários, nos locais públicos, eram de todo o tipo. Que não se tinha perdido nada, que a coroa era para provocar a polícia etc., etc.

A Eva não conhecia os pormenores do que tinha acontecido mas não podia deixar de pensar que algures, uma mãe chorava por um filho adolescente que tinha morrido antes de tempo, e que nenhum mãe ou pai, por muito bem que eduque os filhos está livre de desgostos.

A coroa entretanto foi retirada mas a Eva continua a pensar, cada vez que passa pelo local, que na sua rua, muito perto da sua casa, um jovem morreu antes de tempo.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Boas Festas


Ramadão
Um muçulmano durante o período do Ramadão senta-se junto a um alentejano no voo Lisboa - Funchal. Quando o avião descola começam a servir as bebidas aos passageiros.

O alentejano pede um tinto de Borba. A hospedeira pergunta ao muçulmano se quer beber alguma coisa. Responde o muçulmano com ar ofendido:

- Prefiro ser raptado e violado selvaticamente por uma dezena de putas da Babilónia antes que uma gota de álcool toque os meus lábios. O alentejano engasgando-se, devolve o copo de tinto à hospedeira e diz:

-Eu também, eu também. Não sabia que se podia escolher!!!


eheheheheheh,


Beijos e abraços dentro das necessidades....

Jaime Matos

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

PARA TODOS

Por vezes poucas palavras dizem muito! Por isso para todos vós, caros amigos aqui deixo os desejos de UM FELIZ NATAL e um NOVO ANO BOM!
Embora todos saibamos das dificuldades que aí vêm!

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

FELIZ NATAL...

simplesmente fantástico!
http://www.youtube.com/watch?v=tgtnNc1Zplc
FELIZ NATAL : )
Beijos e abraços dentro das necessidades...

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Ídolos - Cromos da Política

Amig@s, desculpem a ousadia mas não resisti à tentação de partilhar convosco!


Quem terá perdido tempo a fazer isto?
* GENIAL*
1 Abraço dos grandes
ef

domingo, 12 de dezembro de 2010

Histórias de Vida - Sensações....

Naquela sexta feira a Eva tinha acordado estranha. Sentia-se a pairar, como se estivesse a observar, à distância, como se estivesse a flutuar como se não participasse no que se passava à sua volta.

Tinha sido assim o dia todo e agora às sete e tal quando se dirigia para a porta do escritório pensou com os seus botões:

- “De certeza que vou ter de cá voltar”

E não é que quando já vinha a descer a rua do Carmo o telefone tocou e lá teve ela de voltar para retirar um cheque do cofre que tinha de ser entregue naquele dia.

Apanhou o comboio mais tarde e como fazia ultimamente escolheu o lugar !!!!

Ao seu lado ia uma senhora a ler e nem quando a Eva pediu licença para se sentar lhe concedeu um simples olhar!

- “Cada um virado mais para dentro que o outro ” - pensou a Eva.

Duas filas à frente reparou numa jovem de cabelo vermelho que se assoava. A senhora da fila ao lado olhou para a Eva e fez um encolher de ombros. A Eva voltou a olhar para a jovem ruiva e reparou que as lágrimas lhe caíam silenciosamente pela cara e que discretamente as enxugava com a mão.

A Eva já tinha estado na mesma situação a chorar num lugar público sem se conseguir conter. A sua vontade foi mudar de lugar, ir sentar-se junto da jovem e perguntar-lhe se podia ajudar mas conteve-se e pensou que se a situação piorasse iria lá oferecer-lhe ajuda.

Foi desviada do problema da jovem por uma serie de vozes femininas que falavam em português do Brasil, mas muito alto. A Eva não tinha nada contra ninguém mas porque raio é que algumas, muitas, brasileiras tinham, sempre de falar tão alto. Era como que dissessem chegámos, vimos e vencemos.

Se lhe perguntassem, a Eva sem olhar era capaz de descrever a maneira como estavam vestidas. Enfim, cada um sobrevive como pode.

E a jovem ruiva continuava a chorar e a mandar mensagens pelo telemóvel.

Na estação seguinte entrou um homem na casa dos trinta anos com uma mala de viagem de um tal tamanho que a Eva deu consigo a sorrir e a pensar que não era ele que trazia a mala mas sim o contrário. Reparou que a mala não estava devidamente fechada e pensou:

- “ Será que saiu de casa à pressa. Que foi uma daquelas separações de que agora tanto se fala por causa de alguma brasileira?” – Será?

Estava quase a chegar à sua estação e a Eva reparou que o homem na casa dos trinta também ia sair.

Olhou uma vez mais para a jovem ruiva e achou-a mais calma.

O homem passou pela Eva arrastando a mala e dirigiu-se para a outra porta mais distante.

A Eva sorriu e pensou:

- “ Vou deixar-me ficar para trás para ver se está alguém à sua espera”.

Na plataforma estava uma mulher com uma saia mais curta do que o habitual com ar de quem estava à espera.

- “Deve ser brasileira pensou a Eva”.

A Eva abrandou o passo, olhou para trás e viu o tal homem beijar a tal mulher.

Abrandou, ainda, mais o passo de forma a deixá-los passar por ela e não é que a mulher falava português do Brasil !!!!

Os beijos que deram até saírem da estação foram mais que muitos.

-“Que sejam felizes” pensou a Eva enquanto passava por eles.

Convivio


Hoje, estive junto de uns amigos de outras caminhadas e fizemos um almoço, juntamente com as famílias, almoço esse onde exorcizamos o que nos vai na alma.

Este grupo de amigos é um grupo de grandes malucos que como não tem nada para fazer, caminha. Não, não são daquelas caminhadas de fazer ver que estão na moda, mas são daquelas que nos fazem bem à alma, e ao espírito.

Todos os anos, e não é por tradição, mas por vontade, juntamo-nos dias 9, 10 e 11 de Maio e pormos-nos ao caminho e vamos a pé a Fátima. Com paragem sempre garantida em Tomar (dia 9/5)Uns por devoção, outros por cumplicidade, outros por amizade, outros por ir e outros porque não?. O motivo não interessa, o que interessa é mesmo a cumplicidade de todos e o bem que isto nos faz e nos aproxima.

Como se ainda não bastasse, juntamos-nos e fomos a S. Tiago de Compostela, fazer, em A

no Jacobeu, uma caminhada para também nos fortalecer como grupo e nos aproximar em quanto pessoas. O motivo esse sim, de partilhar e sentir experiências, ímpares, que só nestas alturas se experimenta e se compartem.

Mas, e estava hoje no almoço e pensei "e o meu grupo de Lisboa", esse grupo que apesar de longe ainda deve manter alguma ligação entre si, ou não? Alguns de nós de certeza que sim, pois além de nos comunicar-mos temos vontade de estar juntos novamente.

E então, pensei que tal fazer-mos um almoçarito de "bom 2011", em que estejamos juntos com a família e partilhemos vontades e cumplicidades.

Aqui em Castelo Branco, com um programa cultural e gastronómico.

pensem nisto, divulguem que passaremos á acção lá para a 2ª semana de Janeiro.

Fiquem bem, grade abraço e beijos, dentro da necessidades...

Jaime Afonso de Matos
Caro Amigo Virgílio.
Nesse mesmo dia em que o Tornado passou por Tomar, disse para comogo, "espero que o Virgìlio esteja bem".
A preocupação ficou, mas infelizmente e por culpa do raio da vida, só hoje quando vi o blog é que vi que falhei, devia ter telefonado.
Amigo Virgílio, DESCULPA.
Espero que tenha recuperado não só do susto, mas acima de tudo a tua casa. Sei que provavelmente já é tarde mas se precisares de alguma ajuda, diz.Abraço, Jaime

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

OBRIGADO ANA!!!

Poucas linhas, que o espírito ainda não se acalmou! Parte do telhado da minha casa... foi nas asas do tornado que passou na minha cidade... ontem com uma série de amigos meus começámos a recuperar as coisas! São preciosos os amigos, e senti lágrimas nos olhos quando numa chamada não consegui identificar a voz dizendo que era a Ana! Mas qual Ana? E do outro lado, "a Ana do Curso!", foi um balsamo porque há sempre alguém mesmo que longe... está muito perto!
Foi um dia intenso de trabalho, quase sem comer nem beber, até recuperar o imprescendível, mas amenizado com uma lufada de esperança transmitida pela mensagem de amizade dada pela Ana!
Obrigado Ana! Beijinhos e abraços para os restantes!

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

JÁ ABRI

É certo que há muito que esparávamos por ele, mas por uma razão ou outra o CD não foi aberto de imediato, pelo menos por parte daqueles que por aqui se manifestam, que continuo a sublinhar que são muito poucos, ou porque não sabem escrever (o que não é verdade) ou porque não sabem como actuar num blogue (o que não acredito) ou porque o tempo não lhes permite ( o que é uma desculpa esfarrapada) ou porque não querem ( o que se compreender porque a liberdade individual não deve ser sacrificada à mania de uns maduros aqui quererem escrever umas coisas). Mas não é disso que se trata, mas do CD.
Finalmente ontem à noite lá o abri. Já reparei que traz muito material e até já consultei algum, agora com o tempo, faço questão de ir pesquisando mais qualquer coisa, o que certamente me vai trazer à ideia algumas das situações vividas no nosso curso, desde o atraso dos comboios até aos pequenos-almoço em que os bolinhos e o queijo eram acompanhados de bom vinho e em algumas situações com a delícia do Mouchão. Tudo isto rematado com aquela máquina de café que ficava na ante-câmara da varanda onde se podia fumar um cigarrito (maldito vício!) Vejam lá o que um CD pode fazer, experimentem e recebam abraços e beijinhos segundo os géneros!

domingo, 5 de dezembro de 2010

"Os meus poetas" - Eugénio de Andrade

Os Amigos

Os amigos amei

despido de ternura

fatigada;

uns iam, outros vinham,

a nenhum perguntava

porque partia,

porque ficava;

era pouco o que tinha,

pouco o que dava,

mas também só queria

partilhar

a sede de alegria —

por mais amarga.


"Eugénio de Andrade"

sábado, 4 de dezembro de 2010

COM DESCULPAS... E TUDO!

Ora, qual prenda de Natal antecipada, recebi o CD do nosso Curso! Provavelmente os meus queridos amigos e condiscípulos também. O Dito CD, pode vir atrasado (mas tarde é o que nunca aparece) no entanto vem acompanhado de um ofício com um pedido de desculpas, o que fica sempre bem e acaba por nos satisfazer um pouco o ego!
Para ser sincero ainda não o abri porque só o recebi ontem à noite e ando para aqui atrapalhado com a organização de dois colóquios a realizar nas próximas semanas sobre Direitos dos Consumidores, um destinado ao público em geral e outro que tem como destinatários preferenciais os alunos do secundário. Mas como além disso tenho as responsabilidades na CGTP-IN e as coisas têm de ser preparadas, tenho estado até às tantas a trabalhar, apesar de não receber horas extraordinárias. Aliás nem sequer o reposicionamento devido, facto extensivo aos restantes trabalhadores do município (por da Opção Gestionária) o que originou já um abaixo assinado, pois as verbas foram aprovadas pela Assembleia Municipal e estavam previstas no Orçamento da Câmara. Por isso ontem também houve uma reunião com o STAL (delegados, dirigentes regionais e nacionais) e o Presidenta da Câmara, no final foi-lhe comunicado que perante a sua posição só os tribunais poderiam resolver a questão. Por tudo isto o CD só deve ser visto amanhã! Para todos um bom fim-de-semana, com os beijinhos e abraços do costume!

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

"Os meus poetas".....Outono

Outono

Outono.
(A palavra é cansada...)
Tudo a cair de sono,
Como se a vida fosse assim, parada!

Nem o verde inquieto de uma folha!
O próprio sol, sem força e sem altura,
Olha
Dum céu sem luz e levedura.

Fria,
A cor sem nome duma vinha morta
Vem carregada de melancolia
Bater-me à porta.


Miguel Torga - Poesia Completa

Passeio BTT Aboboreiras