quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

UM BURRO E UMA VACA

É este, talvez, o último poema de 2009. Dedico-o a todos os seres humanos que sofrem e a representação que faço de Cristo, pretende identificá-lo com essa vertente humana e não religiosa. Aos crentes peço desculpa por alguma frieza, no entanto não quero deixar de sublinhar a grandeza extraordinária deste ser humano, que ainda rodeado de muita ficção, foi sem dúvida um exemplo! São estas reflexões que deixo como votos de boas festas... só volto dia 26! Natal Feliz para todos os Malaquianos e algum leitor distraído que passe por aqui no nosso bar! Dagoberto e Malaquias, brindem comigo!

UM BURRO E UMA VACA

Um burro e uma vaca
aqueceram uma criança
que veio dar esperança,
e feriram com lança
os seres de mente fraca.
Os reis o adoraram
em palhas adormecido
petiz um rei escondido
de pastores escolhido
que reis crucificaram!
Menino feito homem
assustou os poderosos
envergonhou gananciosos
e conviveu com leprosos
e dele os sacerdotes comem!
Milagres dizem que fez,
os mortos ressuscitar
os paralíticos andar
e a água em vinho jorrar
mas na cruz teve a sua vez!
À lança, chicote e faca
foi cambaleando dorido
até ao calvário erguido
o menino que foi aquecido
por um burro e uma vaca!

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