sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Memórias - NATAL

Bem...palavras para quê....
A An de sempre, meticulosa, expressiva, abrangente, tocadora, humana, sonhadora, enfim, a Ana de que tanto gosto e tanto admiro.
Essas recordações, também estão sempre presentes nas minhas noites de natal, principalmente os ausentes, aqueles de quem sentimos falta, e que ...não podemos voltar a tocar. Mas podemos sempre lembrar.
O Natal é mesmo assim, assimetrias, lados opostos os opostos. É por isso que temos a obrigação de FAZER NATAL, todos os dias.
Estou a escrever este comentário e estou a ouvir músicas de Natal, na rádio Comercial (até rima, pareço o Virgílio) e há uma que diz mais ou menos isto: "é Natal temos que pensar e dizer, basta de guerras, basta de desigualdades, basta de sofrimento. E porque é natal devemos fazer alegria, devemos dar amor e abraçar os Povos com todo o Amor...".
Um beijo para ti Ana e abraços para todos vós.
Jaime Afonso de MAtos

MEMÓRIAS......ESPERANÇA (Para voçês que não deixam morrer a esperança)

Um dia destes estava a olhar para as decorações de Natal da minha casa e senti que me faltava qualquer coisa, não sabia bem o quê mas faltava.
Olhei para a árvore de Natal e cheguei lá. Faltavam uns embrulhinhos de chocolates que pendurávamos na árvore, em miúda. Deviam ser da "Regina" umas tabeletes pequeninas e atadas em pacotinhos.
Olhei para o aparador e continuava a faltar qualquer coisa, estavam as velas, as nozes os figos, as broas, mas faltava qualquer coisa. Era um cheiro, lembrei-me, faltava um cesto com tangerinas muito pequeninas e com folhinhas ainda.
Tentei comprar as tangerinas parecidas mas não consegui. Estão lá no cesto, mas não são as mesmas.
Pensei porque é que eu não consigo sentir o mesmo entusiasmo com o NATAL que sentia em criança.
Hoje vim espreitar o nosso blog depois de ter metido o cabrito no forno e sentia a mesma sensação. Que não era o mesmo cabrito, não tinha o mesmo cheiro que o da minha mãe que era assado no forno do padeiro, porque em casa não havia forno!!!!!
Lembrei-me dos cheiros a que o Virgilio se referia há uns dias atrás dos Natais passados, do cheiro do café de cafeteira.......da sensação de estrear uns sapatos, um casaco.....
As sensações não são as mesmas porque eu também não sou a mesma.Talvez me falte a ingenuidade e alguma da esperança que sentia em criança.
Apesar de querer continuar a acreditar numa sociedade mais justa cada vez a sinto mais distante....Desemprego...Pobreza de espírito...Miséria .... Falta de Ética..... de Moral....continuam a crescer .....e a NOSSA ESPERANÇA cada vez a diminuir mais.
Ontem à noite lembrei-me dos meus amigos que por força das suas profissões estariam a trabalhar: do Egídio, do Jaime e do Luís.
Lembrei-me dos "meus ausentes" e não consegui reprimir as lágrimas. Pensei! Talvez quando tiver netos consiga voltar a ser criança e a sentir o NATAL.
Agora, depois de desabafar, sinto que ainda consigo ter esperança, que a sensação de euforia que eu não senti nestes dias ,a sinto ao longo de todo o ano, umas vezes mais outras menos mas sinto.
Mas sinto porque sei que algures aí no Nosso País estão voçês e que cada um à sua maneira não deixa a esperança morrer

Beijos
Ana Fernandes

2 comentários:

Um cafe, e depois fugimos! disse...

Ohhh Ana...eu que costumo reunir algumas palavras, que as costumo comigo trazer, para oferecer e sabes...fugiram-me todas ao ver, olhar e admirar as tuas...e sabes porquê...porque as reconheci...porque as li e a mim se abraçaram...não deram hipotese de mais nada... Perdemos sim...a ingenuidade de criança, que se manifesta num sorriso livre, numa palavra meiga ou um gesto do mais simples que possa existir...perdemos isso tudo embrulhados nesses mesmos significados que referiste, nessas mesmas esperanças...que temos sempre para que um dia voltem e regressem onde um dia estiveram em nós... Ai Ana, Ana, as pessoas lembram-se que é Natal uma vez por ano sabes?! A compaixão, a amizade, o amor, o carinho, são sentimentos que fazem não só parte desta quadra...mas também do resto dos dias...não esqueças nunca, porque eu sei que não esqueces e por isso mesmo...não percas uma única oportunidade de o dizer, com que gesto for...a quem é para ti especial...se assim fizeres, muita coisa de criança volta... Deus me mantenha sempre criança!

Bjinho meu :-)

efernandes disse...

Obviamente que subscrevo na íntegra o comentário do Luis e o texto da Ana!
Sinto-os como se fossem meus, os sentimentos, é claro!
Para a Ana, já aqui o disse, talvez nos estejam a faltar os netos. É a nossa Esperança de vivermos com os meninos(as) que são duplamente nossos(as) e de voltarmos a brincar ao Natal com a nossa Ingenuidade que gostamos de viver.
Claro que o Mundo hoje tem outras cores, "kiçá" mais cinzentas mas, a minha esperança é de que o podemos pintar de muitas outras cores, muito mais bonitas.
Um Beijo
Mil Abraços
ef

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