Folhinha
Murchou a flor aberta ao sol do tempo.
Asssim tinha de ser, neste renovo
Quotidiano.
Outro ano,
Outra flor,
Outro perfume.
O gume
Do cansaço
Vai ceifando,
E o braço
Doutro sonho
Semeando.
É essa a eternidade:
A permanente rendição da vida.
Outro ano,
Outra flor,
Outro perfume,
E o lume
De não sei que ilusãoa arder no cume
De não sei que expressão nunca atingida
Miguel Torga- Poesia Completa II
1 comentário:
Uma Flor esta Ana Fernandes!
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