quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Folhinha

Folhinha

Murchou a flor aberta ao sol do tempo.
Asssim tinha de ser, neste renovo
Quotidiano.
Outro ano,
Outra flor,
Outro perfume.
O gume
Do cansaço
Vai ceifando,
E o braço
Doutro sonho
Semeando.

É essa a eternidade:
A permanente rendição da vida.
Outro ano,
Outra flor,
Outro perfume,
E o lume
De não sei que ilusãoa arder no cume
De não sei que expressão nunca atingida

Miguel Torga- Poesia Completa II

1 comentário:

efernandes disse...

Uma Flor esta Ana Fernandes!

Passeio BTT Aboboreiras