Algumas Verdades Dolorosas
Durante muitos meses, acompanhei e de algum modo fiz parte de uma equipa Sindical que liderou um processo de luta na Empresa e Local onde trabalho.
Depois de no final de Dezembro pp, ter arrancado a ferros um acordo de princípio com a Empresa, durante quase mais 3 meses ocorreram as várias sessões de negociação para a construção de um protocolo que estabelecesse as regras de aplicação do acordado em Dezembro.
Da confluência de esforços, foi possível no passado dia 23 de Março, subscrever o protocolo apresentado pela Empresa com aplicação directa e imediata a cerca de 36 trabalhadores e cujo conteudo principal é a atribuição de 15 dias úteis anuais de descanso.
Como o Sindicato que negociou o acordo faz parte da Federação, é esta que subscreve o ACT mas por mandato dos Sindicatos.
Aqui começam as dificuldades.
A Federação que na altura da Greve daqueles profissionais saudou-os calorosamente em comunicado e até no seu jornal, perante a informação de que deveria ir junto da Empresa subscrever o protocolo já rubricado, responde que não conhece o processo dizendo que este tem que ser alvo de análise em reunião própria marcada para o dia 22 próximo (1 mes depois).
Abreviando...
Depois de alguns esforços, foi possível uma reunião onde a discussão foi posta em dia e, neste momento, a assinatura do protocolo está prevista para dia 13 de Abril.
Conclusão:
As Burocracias e más vontades também acontecem por cá. Há um acordo que considero vitorioso numa grande empresa que não está ainda subscrito por má vontade, falta de sentido do dever e por outras coisas que não quero classificar. Os trabalhadores beneficiários deste acordo ainda não o têm em aplicação por responsabilidade Sindical-INADMISSÌVEL!
Este não é de facto um bom exemplo de Sindicalismo que me deixa muito triste e agastado.
Daí, quase não ter tempo e cabeça fresca para vos dedicar algum do meu. Mas tenho visto o que escrevem.
Um forte abraço a tod@s mas...Eu não vou desistir, p'ra já!
ef
2 comentários:
Caro Egídio,não há sacerdotes só nas religiões. Também nos sindicatos e partidos há aqueles que se auto-proclamam donos da verdade e que receiam a concorrência. Como são inseguros, mas não o querem reconhecer, boicotam tudo o que suspeitam ser susceptível de os ultrapassar. Para quem tomou certas opções ao nível dos princípios e referenciais de vida, esses comportamentos é que doem, pelo que entendo muito bem o teu estado de espírito. Os vaticanos têm muita força."Mas há sempre alguém que resiste, há sempre alguém que diz não".
Obrigado Nuno! O teu comentário caracteriza exactamente aquilo que se passa.
Não se admirem os do Vaticano, se aparecerem por aí uns "Luteros" ou que se formem outros Papados, desta vez, não em Avinhão.
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