quarta-feira, 25 de agosto de 2010

SEGREDOS DO DESTINO (I)

Aceito o repto, duas a três escritas por semana. Tomei a ousadia de já atribuir um título "Segredos do Destino". Se houver melhor proposta... avante com ela! Para já vou começar:
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Viviam, e conheciam-se há muitos anos, no mesmo bairro típico lisboeta! Andavam pelos 60 e poucos anos, eram compadres... e ambos viúvos, a Maria Esperança e o Joaquim Infortúnio. Enviuvaram pela mesma altura, ela perdeu o marido num acidente de automóvel, e ele perdeu a mulher em situação idêntica. O marido da Maria Esperança fora à terra (na província) há cerca de dez anos e no regresso despistou-se por causa da geada, perdeu o controlo do carro... e iniciou outra viagem! A mulher do Joaquim ia descansada pelo passeio, depois de ir às compras e foi abalroada por um indivíduo que nem se preocupou em saber como ela tinha ficado. Foi há oito anos!
Maria Esperança, desempenada e de bons dotes físicos ainda sonhava encontrar um companheiro para o resto da vida, pois se a felicidade a tinha acompanhado no casamento, certamente voltaria a encontrar um homem que não a desiludisse. Joaquim Infortúnio, passava o dia a pensar na sua desdita, a mulher fora sempre muito doente e apesar de ser boa dona de casa e boa mãe, não havia dia que não o fizesse ir a correr para a farmácia: "Coitadinha até na morte foi infeliz"!
Um dos rapazes da Maria era casado com uma filha do Joaquim, e tinham um casalinho todo vivaço entre os três e os cinco anos, viviam em França que lhes dava para ganharem alguma coisa de jeito. Quando vinham de férias, desafiavam os dois a segui-los até à terra do Astérix, mas ali continuavam teimosamente naquele bairro, separados por cinco portas! Irredutíveis também eles eram uns resistentes!

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