- Não pode ser Esperança, não podes continuar assim, se a vida não muda tens de ser tu a mudar - respondeu-lhe a Catarina.
Estavam nisto quando chegaram as outras amigas e uma delas a Teresa vinha particularmente contente.
A conversa continuou e às tantas a Catarina não se conteve e disse:
- Olhem-me para estas duas almas, a Teresa parece que lhe saiu a sorte grande e à Esperança parece que nem a terminação.
- O que queres - respondeu-lhe a Teresa. Estou mesmo, mas mesmo, muito contente.
- Mau… Há mouro na costa? - Perguntou a Catarina.
- Porque é que para estarmos contentes tem de haver mouro na costa? Perguntou-lhe a Esperança já a começar a ficar irritada.
- Não vejo outra razão para tanto entusiasmo! Respondeu-lhe a Catarina
- Não vês? Ou não consegues deixar de ser Maria Casamenteira respondeu-lhe a Esperança, já irritada.
A Teresa não atava nem desatava, continuava com um sorriso de orelha a orelha sem partilhar com as amigas a razão para tanto entusiasmo.
Vá lá conta - Pediu a Matilde, que até aí se tinha mantido calada a observar as amigas.
- No outro dia à saída do cinema.
- Foste ao cinema e não nos convidaste, disse a Catarina interrompendo-a.
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